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Espiritualidade

Os Orixás: significados e deidades

Os Orixás são entidades de origens africanas, que podem ser consideradas como deuses, e são diretamente associados com forças naturais organizadas em arquétipos de atuação essencialmente semelhante a formas tipicamente humanas.

Cada orixá possui um conjunto específico de emoções típicas, além de elementos, itens, cores, simbologias e ritualísticas que são bastante próprias de cada um. Isso tudo fornece aos orixás um conjunto simbólico próprio que o identifica pelos ritos e, também, pelos arquétipos de cada pessoa que crê em sua influência.

No Brasil, o Candomblé é uma das religiões que mais difunde o estudo e o culto aos Orixás. Curiosamente, sua história está diretamente relacionada à formação histórica do Brasil, fazendo com que boa parte de nossos arquétipos e, até mesmo, influências católicas possam ser observadas, em função do sincretismo pelo qual os escravos negros passaram.

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Pode-se definir pouco mais de uma dezena de Orixás como os mais conhecidos entre os deuses da natureza, dividindo-os entre os quatro elementos naturais. Fora estes, no entanto, o número de orixás conhecidos pode chegar a algumas centenas, cada um com suas próprias características arquetípicas e conjuntos simbólicos de interpretação.

Conheça alguns dos orixás mais conhecidos – tomando como base as interpretações do candomblé – e suas principais características:

Alguns dos principais orixás

Entre os orixás mais populares, nem de longe listando todos os existentes, destacam-se:

Exú

O Exú é uma das divindades mais presentes em nossas vidas, e é muito comumente incompreendida pela população. Trata-se do comunicador entre os Orixás e as pessoas, sempre a trabalho de outras divindades.

Exú não apresenta uma moralidade predefinida: não é bom, nem mau – sem um aspecto binário de valoração típico de religiões do eixo judaico. Por isso, é importante que seja compreendido como um mensageiro que não julga a mensagem que carrega, e não como uma entidade má, ao contrário do que muitos pensam.

Ogum

Ogum é o guerreiro,  forjador do ferro que abre os caminhos para todos aqueles que precisam trilhá-lo. É o executor da lei e dos acordos, sem um juízo de valor atribuído a ele.

Oxalá

Oxalá um dos Orixás mais cultuados, por representar a paz, a pureza e a superioridade espiritual. É repsentado pelo branco e e pelo azul claro (no Candomblé; na Umbanda, apenas o branco representa Oxalá).

Atualmente, sua compreensão é diretamente ligada com o sincretismo religioso, no Brasil, pois sua figura é associada com a compreensão comum de Jesus Cristo e com alguns aspectos da divindade cristã, com alguns dos aspectos trazidos desde o politeísmo grego podendo ser identificados em sua simbologia identitária.

Oxóssi

Oxóssi é o Orixá da caça, da fartura e da inteligência. Na tradição africana, é um civilizador, capaz de ensinar os homens a caçarem seu alimento. É um Orixá defensor da vida, e – embora seja irmão de Ogum – usa a caça apena para alimentar os seus.

Iansã

Iansã é associada à tempestade e aos ventos. É sensual e guerreira, e representa a beleza natural e a luta de quem busca seus objetivos. Apesar de ser associada ao elemento da água e dos ventos, suas cores são o vermelho, no Candomblé, e o amarelo-ouro, na Umbanda.

Iemanjá

Iemanjá, a rainha do mar, possivelmente é a mais conhecida entre os Orixás, no Brasil. Protege todos aqueles que vivem do mar e nele estão, é frequentemente associada à ideia de maternidade, e seu elemento é, obviamente, a água.

No Brasil, o sincretismo religioso faz com que sua associação com a Nossa Senhora cristã seja constante, especialmente em função de sua perspectiva materna.

Xangô

Xangô é um líder guerreiro, em posse de seu machado de lâmina dupla. Ele traz a justiça e resolve impasses, sempre em posição de liderança e domínio. É associado com os trovões e as pedras, mas seu elemento é o fogo.

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